
O modelo já está quase pronto e faltam apenas ajustes finais. Na quinta-feira depois de desembarcar no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), a presidente eleita foi direto para o ateliê da estilista, que fica no Bairro Moinhos de Vento. No local, Dilma fez a prova do vestido e foi atendida com exclusividade pela costureira. Meia hora antes de a presidente chegar ao local, a estilista e uma modista já trabalhavam nos ajustes finais.
O tailleur que Dilma usou na diplomação também tem a assinatura de Luísa Standlander |
Não é a primeira vez que Luísa Standlander cria uma roupa para a presidente eleita. Ela desenhou, em abril de 2008, o vestido que Dilma usou no casamento da filha, Paula, assim como o vestido da noiva. O polêmico tailleur que ela colocou na diplomação semana passada também tem a assinatura de Luísa. A estilista, que só costura sob medida, é conhecida em Porto Alegre por fazer vestidos de noiva e de festa. A clientela do ateliê inclui boa parte da alta sociedade da capital gaúcha. A família de Luísa ainda é dona da Office Collection, uma empresa gaúcha que fabrica linhas de uniformes profissionais para recepcionistas, garçons e empregadas domésticas. Ela é quem desenha as coleções.
A cor do tailleur foi uma surpresa para quem acompanha o estilo da presidente eleita. As apostas eram que Dilma aparecesse com alguma peça vermelha, simbolizando a cor do Partido dos Trabalhadores (PT). "A nova presidente tem que ter em mente que agora ela é uma figura pública e tudo que ela veste passa uma mensagem", analisa a consultora de moda e professora da faculdade Santa Marcelina Andréia Miron. Uma roupa vermelha, por exemplo, poderia sugerir uma segregação: agradar apenas àqueles que votaram nela. Cores neutras poderiam significar uma abertura maior ao diálogo e cumprir a promessa que ela fez no seu discurso de vitória: "Governar para todos os brasileiros". "O branco é neutro, discreto e elegante. A cor não cria vínculos nem a prende a nada", argumenta Márcio Banfi, consultor de moda e professor da faculdade Santa Marcelina.
O nome de Luísa também foi surpreendente. Acreditava-se que Dilma optaria por um designer conhecido. Como a primeira-dama, Marisa Letícia que usou na segunda posse de Lula um vestido amarelo de Walter Rodrigues.
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